Antes de ontem eu descobri meu Quíron na astrologia e essas palavras ecoaram na minha cabeça por um dia inteiro e um pouco até hoje. Essa publicação vai ser uma viagem introspectiva sobre o significado de precisar do outro até que eu alcance satisfação sobre esse tema, então é bem pessoal.
Somos seres humanos. Sociologicamente falando, precisamos do outro por padrão: somos seres sociais. Sem contato social, perdemos a nossa sanidade lentamente. Mas essa questão do outro não quer dizer necessariamente um parceiro, e sim uma sociedade, um grupo, qualquer pessoa. No contexto geral do Quíron na casa 1 isso significa que eu preciso de um parceiro porque eu tenho eficiência em ensinar, e não é possível ensinar sem um parceiro a quem ensinar:
"Quíron na casa 1 confere talento e habilidade para ser um professor que ensina aos outros a fazer algo melhor do que ele faz."
Eu preciso do outro porque, sem o outro, eu não tenho senso de utilidade, e sem este, não tenho senso de existência. Não devo viver sozinho porque colocar coisas para fora requer alguém para qual passar essa informação, ou é tudo interno.
Mas ok. Tudo isso é muito convincente, mas a frase não me atingiu com essa ideia. Ela me atingiu porque eu senti que precisava de um parceiro, no sentido romântico, para existir. E como me ensinou Jout Jout (clica no nome dela pra assistir o vídeo, ou espera até o fim da publicação): "bateu, doeu, pega que é teu".
O fato de que isso doeu tanto é porque nos últimos 5 anos, desde que eu tenho 13 aninhos, eu busquei amor romântico pra sentir completitude. É um tempo muito longo e em uma das partes mais definitivas da vida da gente. A adolescência é o período que a gente mais absorve coisas que formam a pessoa que a gente é. Não que essa pessoa seja pra sempre imutável, mas o impacto é GIGANTESCO. E o medo de estar preso nessa concepção pra sempre é real, e enorme. Será que eu realmente vou precisar sempre de um parceiro pra sentir que eu existo?
Eu não tenho uma resposta pra essa pergunta, e pela primeira vez nesse blog eu posto uma publicação com uma conclusão estranha e torta, mas isso reflete bastante o meu estado mental nesse momento, principalmente sobre relacionamentos. A esperança é que isso melhore, e tô trabalhando nisso cada vez mais. Vão existir mais publicações dessa e por isso vou enumerar todas, porque melhora toma tempo, e não posso resolver tudo nos 30 minutos que eu escrevo um texto.
Obrigade pela atenção. Todos temos cicatrizes e incertezas, e é importante lembrar que ninguém no mundo é tão forte quanto parece. Tá tudo bem enfraquecer e recair, descansa e levanta de novo (um dia vou escrever um texto sobre ruínas e patinação no gelo, a relação desses temas e o motivo deles me fazerem continuar tentando). Um beijo! ❤
Segue o vídeo da Jout Jout sobre "bateu, doeu, pega que é teu":